Meus pontos estão abertos e sangram amor, pressa, sonho e saudade. O universo com sua grandeza infinita parece me diminuir e eu me perco dentro do meu dilema, porém eu sou maior que todo esse universo,meus sonhos e meu amor, ultrapassam essa grandeza.
Solitária, perdida entre dilemas. Eu vejo pessoas apressadas. Sinto a ausência dos meus amigos, laços afetivos que se perdurarão por toda uma eternidade. Mas, sinto que não estou a sós de frente com a solidão. Todos os meus amores fraternais estão juntos de mim. Olhando de longe, lembrando do meu eu, rindo comigo, me olhando de soslaio. Sou transpassado por alegrias imensas e infidas quando me pego nostalgizando vibrações do passado.
Ando pelas ruas da selva de pedra, sinto falta da minha outra metade que ficou vagando pelo sertão, essa parte do meu eu, que ainda caminha pelas ruas pernambucanas. Sou filha do sertão, com toda a minh'alma e todo prazer que as forças superiores podem jogar sobre meu corpo. Por essa terra, sinto todo amor do mundo. Ela quem me criou, formou meu caráter e tudo mais que possa existir dentro de mim. Ainda olho complacente paras as lembranças que rodeiam meu pensar. A saudade ainda me atormenta, me perturba, me corrói, porém não rouba o que existe de mais belo, o amor que ainda sinto por tudo isso.
